Oposição toma a dianteira no Senado: Flávio Bolsonaro na Segurança e Damares lidera Direitos Humanos!
Com a provável eleição de Davi Alcolumbre (União-AP) como presidente do Senado, a oposição deve conquistar maior espaço nas comissões, com o partido PL assumindo a liderança de algumas das mais importantes. Entre as mudanças, Flávio Bolsonaro (PL-RJ) presidirá a Comissão de Segurança Pública, enquanto Damares Alves ficará encarregada da Comissão de Direitos Humanos. Além disso, Marcos Rogério (PL-RO) liderará a Comissão de Infraestrutura.
A Comissão de Segurança Pública começará o ano com uma série de projetos prontos para votação, que propõem o aumento das penas para diversos crimes. Até o momento, o presidente desta comissão é o senador Sérgio Petecão (PSD-AC).
Damares Alves, que assumirá a presidência da Comissão de Direitos Humanos, destacou que sua indicação se deve à análise do perfil dela pelo partido Republicanos, que acredita que ela possui as melhores qualidades para liderar o colegiado. Ela expressou otimismo sobre a escolha dos presidentes das comissões, indicando que está pronta para assumir essa responsabilidade.
A Comissão de Infraestrutura, sob a presidência de Marcos Rogério, é de suma importância, pois é ela quem sabatina e aprova indicações do governo para diversas agências reguladoras. Isso significa que o Palácio do Planalto terá que negociar com um senador da oposição, tornando o diálogo entre os poderes ainda mais relevante.
Rogério Marinho, secretário-geral do PL, comentou sobre a estratégia de ocupar espaços importantes no Senado, enfatizando que isso proporcionará mais protagonismo na fiscalização do Executivo e na proposição de pautas que são importantes para o partido e, consequentemente, para o eleitorado.
Por outro lado, o PT garantiu a presidência de duas comissões: a de Educação, que será liderada pela senadora Teresa Leitão (PT-PE), e a de Meio Ambiente, presidida pelo senador Fabiano Contarato (PT-ES). Este último já havia sido vice-presidente da comissão em anos anteriores e liderou o colegiado de 2019 a 2020. A atuação do PT nas comissões, especialmente na área ambiental, é vista com atenção pelos governistas, que buscam evitar projetos que possam comprometer a imagem do Brasil nesse setor.
Os partidos da base governista também asseguraram a liderança de duas das três principais comissões do Senado. O senador Otto Alencar (PSD-BA) deve suceder Davi Alcolumbre na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), enquanto Renan Calheiros (MDB-AL) deverá assumir a Comissão de Assuntos Econômicos (CAE), que desempenha um papel essencial na sabatina de autoridades, incluindo diretores e o presidente do Banco Central.
Outra comissão relevante é a de Relações Exteriores (CRE), que é responsável por sabatinar embaixadores e garantir uma presença significativa na discussão da política externa. O senador Nelsinho Trad (PSD-MS) é o principal nome para presidi-la, mesmo sendo parte de um partido que, embora alinhado a Gilberto Kassab, demonstra um perfil mais à direita. Trad já teve experiências anteriores na presidência da comissão e, recentemente, fez elogios a líderes políticos de orientações consideradas opostas à do atual governo.
Abaixo estão os principais nomes associados à liderança das comissões do Senado para esta nova legislatura:
- Comissão de Constituição e Justiça: Otto Alencar (PSD-BA)
- Comissão de Assuntos Econômicos: Renan Calheiros (MDB-AL)
- Comissão de Assuntos Sociais: Marcelo Castro (MDB-PI)
- Comissão de Ciência e Tecnologia: Flávio Arns (PSB-PR)
- Comissão de Desenvolvimento Regional e Turismo: Dorinha (União-TO)
- Comissão de Educação: Teresa Leitão (PT-PE)
- Comissão de Infraestrutura: Marcos Rogério (PL-RO)
- Comissão de Agricultura: Zequinha Marinho (Podemos-PA)
- Comissão de Relações Exteriores: Nelsinho Trad (PSD-MS)
- Comissão de Segurança Pública: Flávio Bolsonaro (PL-RJ)
- Comissão de Direitos Humanos: Damares Alves
Essas mudanças nas comissões destacam a dinâmica política em curso no Senado e o papel essencial que cada partido desempenha na formatação das pautas que serão discutidas nos próximos anos. A nova configuração promete influenciar tanto a fiscalização do Executivo quanto a agenda legislativa, refletindo as expectativas e prioridades de seus respectivos grupos.