Governos Lula Afirma: ‘Déficit de R$ 8,07 Bilhões das Estatais Não É Crise!’

A ministra da Gestão e Inovação, Esther Dweck, abordou recentemente o importante tema dos resultados financeiros das empresas estatais brasileiras. Em uma declaração feita em 31 de janeiro de 2025, Dweck comentou sobre o déficit de R$ 8,07 bilhões, que se tornou o maior da história das estatais, conforme divulgado pelo Banco Central.

Segundo a ministra, esse resultado negativo não deve ser interpretado como um “rombo”. Ela enfatizou que a maioria das estatais é, de fato, lucrativa e que o déficit apresentado é apenas uma questão contábil, relacionada, principalmente, à forma como as receitas e despesas são contabilizadas. Dweck explicou que muitas das despesas realizadas são pagas com recursos já em caixa, o que pode gerar um resultado deficitário mesmo que a empresa tenha lucro em suas operações.

A ministra destacou a importância de não utilizar termos alarmantes para descrever a situação financeira das estatais, pois a análise deve levar em conta não apenas as despesas do ano atual, mas também a saúde financeira global das empresas. Durante a conversa, ela reafirmou que, entre as 11 estatais que apresentaram déficit, 9 são lucrativas. Portanto, a narrativa sobre um “rombo” carece de nuance e deve ser vista no contexto dos investimentos que as empresas estão realizando.

Em 2023, as estatais registraram um déficit de R$ 2,27 bilhões, e o aumento de 255,8% no ano seguinte reforça a necessidade de um olhar mais crítico sobre os números. Durante o governo atual, o déficit acumulado alcançou R$ 10,3 bilhões. Embora preocupante, Dweck sugeriu que os números devem ser analisados com cuidado, já que representam escolhas de investimento das empresas.

Os Correios, por sua vez, lideram a lista das estatais com maior déficit, totalizando R$ 3,2 bilhões. O presidente da empresa, Fabiano Silva dos Santos, que foi indicado ao cargo por um grupo de advogados próximo ao governo, minimizou o impacto desse déficit, destacando que os números finais serão divulgados em um balanço que será publicado em março. Ele evitou fazer previsões sobre se os Correios conseguirão fechar o ano no azul.

Dweck também reiterou que o foco é tornar os Correios uma empresa lucrativa e que a situação financeira das estatais é complexa. Segundo ela, o Tesouro Nacional não será responsável por cobrir esses déficits, uma vez que muitos dos gastos fazem parte de uma estratégia de crescimento e reinvestimento.

No geral, a abordagem da ministra é de que a análise financeira das estatais requer um entendimento mais abrangente e não deve ser reduzida a um simples número negativo. O investimento em infraestrutura e operações das estatais é visto como essencial para garantir a lucratividade futura e um melhor serviço aos cidadãos.

Essa visão reflete uma tentativa do governo de tranquilizar a população e investidores, sugerindo que, apesar dos desafios financeiros no curto prazo, há uma estratégia sólida sendo implementada para reverter a situação. O compromisso em transformar as estatais em operações sustentáveis é uma prioridade, e a comunicação clara sobre o real estado financeiro das empresas é fundamental para preservar a confiança pública.

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