O Guarani não realizará a partida contra o Palmeiras no Estádio do Café, em Londrina, marcada para este domingo (2). O clube havia vendido o mando de campo para jogar fora do estado de São Paulo, mas a decisão foi alterada pelo presidente Rômulo Amaro, que mencionou preocupações com a segurança do estádio.
Amaro esclareceu que, embora o valor da compensação financeira pela mudança de local fosse atraente, a gestão do Guarani resolveu priorizar a segurança e a satisfação de seus torcedores, que não reagiram positivamente à mudança. Torcedores do Guarani expressaram descontentamento e, em resposta, houve até ameaças de realizar um movimento de “público zero” nas próximas partidas em Campinas. Diante disso, o presidente fez um apelo à torcida, pedindo que comparecessem ao jogo.
“O jogo em Londrina era parte de uma negociação que traria uma compensação financeira interessante. No entanto, ao analisarmos as condições do estádio, identificamos problemas significativos de segurança, tanto na logística quanto na estrutura física”, explicou Amaro. Ele reitera que a decisão de manter o jogo em Campinas visa proteger os torcedores, que são vistos como o maior patrimônio do clube. A expectativa é que o Estádio Brinco de Ouro da Princesa esteja lotado para a partida.
Por sua vez, a empresa responsável pela gestão da transferência do mando de campo informou que já havia realizado pagamentos aos dois clubes e ameaçou ações legais em caso de desistência, além de solicitar a multa estipulada para a situação. Entretanto, Amaro anunciou que um acordo foi alcançado com a parceira, garantindo que ambos os lados manterão uma relação cordial.
Assim, a partida entre Guarani e Palmeiras ocorrerá no Brinco de Ouro, como parte da sexta rodada do Campeonato Paulista. O Guarani atualmente lidera o Grupo B, somando sete pontos, três à frente do Santos, que ocupa a segunda posição na tabela.
Em uma recente entrevista, Amaro também comentou as ações em curso para reestruturar o clube após a queda para a Série B. Ele destacou a necessidade de cortar custos e organizar o orçamento do clube para o próximo ano. Além disso, o novo técnico, Maurício de Souza, foi escolhido com base na necessidade de modernização da equipe, visando mesclar juventude e experiência no elenco.
O Guarani já está considerando a criação de uma Sociedade Anônima do Futebol (SAF), uma tendência que promete profissionalizar a gestão dos clubes brasileiros e trazer mais segurança financeira. O clube manifesta interesse em evoluir neste novo modelo, que pode trazer benefícios estruturais a longo prazo.
Com essa mudança no local da partida e as ações em andamento, o Guarani se prepara para um futuro promissor, buscando sempre fortalecer sua relação com a torcida e garantir a segurança e bem-estar de todos.
