Dólar despenca para R$ 5,86 após Trump surpreender com declarações otimistas sobre China!
Na manhã desta sexta-feira (24), o dólar à vista apresentava uma queda em relação ao real, refletindo uma tendência de desvalorização que se intensificou ao longo da semana. Os investidores demonstraram otimismo diante das declarações do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, que indicaram uma abordagem comercial menos agressiva por parte do governo americano.
Recentemente, Trump comentou sobre sua conversa com o presidente chinês, Xi Jinping, afirmando que a interação foi amigável e que há a possibilidade de um acordo comercial entre os dois países. Essa perspectiva de negociações pacíficas e potencialmente favoráveis tem influenciado o comportamento do mercado, resultando na diminuição do valor do dólar em relação ao real.
Às 14h14, a cotação do dólar à vista era de R$ 5,882 na compra e R$ 5,883 na venda, com uma queda de 0,75%. No mercado futuro, o contrato de dólar para fevereiro, que é o mais negociado atualmente na B3, apresentava uma queda de 0,66%, cotado a 5.895 pontos. Na sessão anterior, a moeda já havia fechado em baixa, marcando R$ 5,9255, que é o menor valor registrado desde o final de novembro do ano passado.
Em outras movimentações do mercado, o Banco Central do Brasil anunciou um leilão de até 15 mil contratos de swap cambial tradicional. Essa operação está relacionada à rolagem do vencimento programado para 5 de março de 2025.
Cotação do Dólar
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Dólar comercial:
- Compra: R$ 5,882
- Venda: R$ 5,883
- Dólar turismo:
- Compra: R$ 5,943
- Venda: R$ 6,123
No cenário econômico nacional, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo-15 (IPCA-15), que é considerado uma prévia da inflação oficial, registrou uma alta de 0,11% em janeiro. Essa variação foi abaixo da alta de 0,34% observada no mês anterior, enquanto as expectativas estavam voltadas para uma leve queda de 0,03% na base mensal e um aumento de 4,36% em 12 meses.
O real também se beneficia de um déficit em conta corrente em dezembro, que ficou abaixo das expectativas do mercado. Além disso, os dados sobre Investimento Direto no País (IDP) mostraram um fluxo positivo de US$ 2,765 bilhões em dezembro e um total de US$ 71,070 bilhões em 2024, superando as previsões dos economistas.
Ainda no âmbito político e econômico, uma reunião entre o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e os ministros da Fazenda, Casa Civil e Agricultura ocorre na manhã de hoje, o que pode influenciar as expectativas do mercado.
Nos próximos dias, as atenções estarão voltadas para as decisões de política monetária dos bancos centrais ao redor do mundo. O Banco do Japão, por exemplo, realizará uma reunião na próxima sexta-feira, onde poderá haver um aumento na taxa de juros. Já o Federal Reserve, o banco central dos Estados Unidos, anunciará sua decisão na quarta-feira, com a expectativa de que mantenha os juros estáveis. O Banco Central Europeu também tomará sua decisão na quinta-feira, com a possibilidade de redução nas taxas de juros.
No Brasil, o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central se reunirá na quarta-feira para decidir sobre a Selic, que atualmente está em 12,25% ao ano. Durante a última reunião, o Copom já sinalizou uma intenção de elevar essa taxa.
O presidente do Banco Central já declarou que a "barra é alta" para mudanças na política de juros, indicando que as decisões futuras serão cuidadosamente ponderadas.
Em resumo, a combinação de fatores internacionais e domésticos tem gerado impactos significativos nas cotações do dólar e no clima econômico geral, empolgando investidores e analisando os próximos passos das autoridades monetárias.