Bolsonaro revela planos surpreendentes para a Casa Civil se Michelle assumir a presidência!
O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) comentou recentemente sobre a possibilidade de sua esposa, Michelle Bolsonaro, se candidatar à presidência em 2026, caso ele não consiga reverter sua situação de inelegibilidade. Durante uma entrevista, ele destacou que Michelle seria “um bom nome” para as eleições, desde que ele fosse nomeado como ministro da Casa Civil em seu eventual governo.
Bolsonaro, que está inelegível até 2030 devido a uma decisão do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) relacionada a abuso de poder político e uso indevido de meios de comunicação durante a eleição de 2022, enfatizou que ainda não tomará nenhuma decisão sobre candidaturas até o último momento. Ele mencionou que precisa discutir essa possibilidade com Michelle, que atualmente está nos Estados Unidos.
Ele também declarou que não apoia a candidatura de seus filhos, Flávio e Eduardo Bolsonaro, à presidência, o que reforça sua posição de que ele mesmo é o candidato da direita para o pleito. Durante a entrevista, Bolsonaro falou sobre outros nomes que estão sendo cogitados na corrida presidencial, como os governadores Tarcísio de Freitas (São Paulo) e Ronaldo Caiado (Goiás), destacando que eles possuem projeções locais, mas enfrentariam desafios para conquistar o apoio nacional necessário.
Além disso, o ex-presidente comentou sobre a possível candidatura do cantor Gusttavo Lima, sugerindo que, embora ele não tenha certeza se o sertanejo estaria “maduro” para a disputa, poderia ser um excelente candidato para o Senado.
A menção ao cargo de ministro da Casa Civil nesta estratégia é notável, principalmente por remeter a um episódio da política brasileira em que a então presidente Dilma Rousseff nomeou Luiz Inácio Lula da Silva para essa posição em 2016. Naquela ocasião, a nomeação visava fortalecer a articulação política do governo frente à crise que estava sendo agravada pela Operação Lava Jato e a iminência do processo de impeachment. No entanto, essa nomeação foi barrada pelo Supremo Tribunal Federal, em uma decisão que argumentou indícios de que Lula buscava evitar investigações.
Assim, a estratégia de Bolsonaro de se posicionar em relação à candidatura de sua esposa, com a condição de um cargo ministerial, reflete tentativas de manipulação política que já foram vistas no passado no Brasil. Este cenário gera discussões sobre as dinâmicas de poder e as articulações necessárias para a viabilidade de candidaturas em um ambiente político desafiador.