Descubra como um Russo se Apaixonou pela Antártida: Uma Jornada Congelante e Fascinante!
A fascinante experiência de explorar a Antártida tem proporcionado aos cientistas, mesmo aqueles com vasta experiência no Ártico, um renovado senso de maravilha e descoberta. Um exemplo disso é o oceanógrafo russo Nikita Kusse-Tiuz, que, após décadas de trabalho nas regiões árticas, teve a oportunidade de conhecer pela primeira vez o continente gelado da Antártida. Para ele, essa experiência foi tão empolgante quanto a de uma criança entrando em uma loja de doces, cheia de novas possibilidades.
Kusse-Tiuz, 37 anos, é um dos líderes da expedição que circunavega a Antártida e destaca a rica vida selvagem encontrada nesse lugar único. Enquanto no Ártico ele estava acostumado a avistar pinguins, baleias e diversas aves marinhas, a diversidade de espécies e a quantidade de vida na Antártida se revelaram surpreendentes.
Um dos encontros mais esperados por ele foi com a foca-de-weddell, um animal que ele descreve como uma “grande almofada gorda se comportando de maneira estranha”. Durante suas observações, Kusse-Tiuz também analisa a crise climática e como suas experiências no Ártico o transformaram em um especialista na compreensão dos processos e condições encontradas na Antártida.
Ele recorda memórias marcantes de suas expedições no Ártico, incluindo uma missão que durou oito meses em um acampamento isolado. Essa vivência o fez sentir uma vulnerabilidade imensa, mas, ao mesmo tempo, um profundo conforto e conexão com a natureza. Desde sua primeira expedição em 2008, Kusse-Tiuz passou quase cinco anos explorando as regiões polares e afirma que sua chegada à Antártida despertou sensações semelhantes às de suas primeiras experiências no Ártico.
Sua curiosidade sobre a nova vida marinha e a expectativa de ver grandes icebergs alimentam sua paixão pelo estudo oceanográfico. Em suas investigações, ele destaca as diferenças fundamentais entre as duas regiões. A Antártida, por exemplo, é significativamente maior que o Ártico e possui estruturas oceânicas distintas. Os mares antárticos são profundos e mais complexos, enquanto o Ártico é dominado por um oceano interior cercado por diversas terras.
Kusse-Tiuz também menciona variações na temperatura e salinidade da água, observando que apenas aqueles que trabalham nas duas regiões conseguem identificar essas sutis diferenças. Além disso, a biodiversidade é marcante na Antártida, com a presença contínua de pinguins e focas, enquanto no Ártico a fauna é menos abundante e diversificada.
Os objetivos da expedição incluem medições de temperatura, salinidade e densidade da água do mar, assim como a análise de correntes oceânicas. Um aspecto fascinante que Kusse-Tiuz observa é a formação de massas de água na Antártida, crucial para o entendimento da dinâmica dos oceanos globais.
Com as mudanças climáticas em andamento, os cientistas estão cada vez mais atentos às alterações que essas regiões enfrentam. No Ártico, eles notam que o gelo marinho está se tornando mais fino, enquanto na Antártida ainda existem áreas com gelo de vários anos. Além disso, a formação de águas superficiais durante as estações de inverno e verão impacta a produtividade biológica das águas, influenciando toda a cadeia alimentar local.
Para Kusse-Tiuz, o momento mais inesquecível foi quando viu a foca-de-weddell pela primeira vez, uma experiência que ele descreve como encantadora. Essas focas, com seu comportamento peculiar e aparência fofinha, proporcionam um vislumbre do quanto a vida selvagem é rica e intrigante na Antártida.
Ele espera que suas experiências e percepções inspirem outras pessoas a se interessarem mais pelo Ártico e pela Antártida, destacando a importância de se envolverem com esses ecossistemas e as mudanças que estão ocorrendo. Com um apelo à curiosidade e à conscientização, Kusse-Tiuz compartilha seu entusiasmo por esses ambientes únicos e a vitalidade da vida que eles abrigam.