
Tragédia na República Dominicana: Mortes em desabamento de boate chegam a 222!
Na noite de sexta-feira, o número de vítimas do desabamento de uma boate em Santo Domingo, capital da República Dominicana, subiu para 222, após a morte de uma jovem que estava hospitalizada. As autoridades estão intensificando os esforços para acelerar as autópsias e identificar as vítimas. O trágico incidente ocorreu na madrugada de 8 de abril, durante um show do famoso músico Rubby Pérez, um ícone do merengue dominicano, que também está entre os falecidos.
No local da tragédia, o necrotério já havia realizado 191 autópsias, mas o trabalho precisou ser intensificado devido ao desespero das famílias que aguardam informações sobre seus entes queridos. As autoridades instalaram seis tendas de medicina legal ao redor da boate, e profissionais utilizam um megafone para localizar as vítimas, cujos nomes aparecem em uma lista exibida em um telão.
Um dos familiares, Julio Alberto Acosta, viveu um momento angustiante ao receber o corpo errado de sua enteada. Ele compartilhou sua experiência: “Nos entregaram um saco e disseram que teríamos que abri-lo para ver se era ela, mas não era.” Acosta exigiu que o corpo correto fosse entregue para que a mãe pudesse vê-la e enterrá-la dignamente.
Em resposta à situação, o governo dominicano contratou temporariamente 12 médicos legistas para apressar o processo. O ministro da Saúde, Victor Atallah, assegurou que todos os corpos seriam identificados. “Ninguém ficará sem identificação e ninguém ficará sem resposta. Vamos mover cada pedra que precisar ser movida”, afirmou.
Na quinta-feira, o corpo do irmão de Yuni García foi encontrado. Ele trabalhava na boate como segurança havia 10 anos. García expressou sua dor ao saber que o corpo estava em um local frio enquanto aguardava a autópsia. “É desesperador!”, declarou entre lágrimas.
Diante da gravidade do ocorrido, o governo anunciou a formação de uma comissão de especialistas, tanto nacionais quanto internacionais, para investigar as causas dessa tragédia, considerada uma das piores dos últimos anos na República Dominicana. O presidente Luis Abinader já se comprometeu a desvendar o que aconteceu. “Vamos chorar pelo nosso povo e, em seguida, buscar as respostas”, afirmou.
A prefeitura do Distrito Nacional também está contribuindo, oferecendo gratuitamente 170 caixões através de seis funerárias. Foi relatado que entre os falecidos há vários cidadãos americanos, e o chefe da diplomacia dos Estados Unidos já expressou suas condolências ao presidente dominicano.
Imagens aéreas do local mostram um grande buraco onde o teto desabou, revelando toneladas de ar-condicionado e equipamentos. Mais de 300 pessoas trabalharam incansavelmente por 59 horas na busca por sobreviventes e na recuperação de corpos, contando com o auxílio de cães especializados e máquinas pesadas.
Um altar foi montado em homenagem às vítimas, preenchido com flores, velas e mensagens. “O país está de luto”, destacou o presidente Abinader. Entre quinta e sexta-feira, também foram realizados funerais em Santo Domingo, Haina e Neyba. Na quinta, uma multidão se despediu de Rubby Pérez no Teatro Nacional, onde ele foi velado.
A dor e a solidariedade da população dominicana ressaltam a necessidade de respostas e a busca por justiça para as vítimas desta devastadora tragédia. O governo, em um esforço conjunto, está fazendo o possível para apoiar as famílias e esclarecer os acontecimentos que levaram a esse triste desfecho.