Lula Ignora a Polêmica sobre Maduro: Governistas em Desacordo Entre Críticas e Apoio ao Ditador!

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva não se manifestou sobre a posse de Nicolás Maduro, que assumiu um terceiro mandato na Venezuela. Enquanto isso, o vice-presidente Geraldo Alckmin e ministros de partidos de centro e centro-direita expressaram suas preocupações sobre a legitimidade do novo mandato de Maduro, dado que ele foi eleito em meio a suspeitas de fraude. Por outro lado, representantes do Partido dos Trabalhadores (PT) e do Movimento Sem Terra (MST) marcaram presença na cerimônia, reforçando seu apoio ao presidente venezuelano.

Entre os petistas que compareceram estavam Valter Pomar e Mônica Valente, que ocupam cargos importantes no Foro de São Paulo, além de outros filiados. É relevante destacar que, dois dias antes da posse, esses mesmos membros participaram de um festival que celebrava a resistência à fascismo.

O governo brasileiro, sob a liderança de Lula, não reconheceu a vitória de Maduro nas eleições, uma vez que não foram apresentadas as atas eleitorais que comprovassem o resultado. O governo enfatiza que Maduro não cumpriu acordos feitos em negociações com a oposição, que previam eleições livres e justas.

Importante notar também que a entrada da Venezuela no grupo BRICS, que inclui nações em desenvolvimento como Brasil, China e Rússia, foi barrada pelo Brasil. O ministro de Relações Exteriores, Mauro Vieira, reiterou que o Brasil não reconhece governos, mas sim Estados, o que levou Lula a permitir a presença da embaixadora do Brasil em Caracas, Glivânia Oliveira, na cerimônia.

Desde o início de sua gestão, Lula adotou uma postura cautelosa em relação à Venezuela. Ele já havia criticado o governo de Maduro por impedir a participação de opositores nas eleições. Essa situação coloca Lula em uma posição delicada entre as diferentes correntes dentro de seu partido, com uma parte que defi ne a Venezuela como um exemplo de socialismo e outra que compõe sua base de apoio mais moderada.

Em relação à posse de Maduro, Alckmin se manifestou, lamentando o ocorrido e reforçando a necessidade de fortalecer os princípios democráticos. O ministro dos Transportes, Renan Filho, e o ministro de Portos e Aeroportos, Silvio Costa Filho, também expressaram suas críticas ao novo mandato de Maduro, descrevendo-o como uma violação da democracia e pedindo liberdade e paz para o povo venezuelano. O presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira, se juntou aos críticos, ressaltando que a posse de Maduro desrespeita a vontade do povo da Venezuela.

Na manhã da posse, já ocorriam protestos em Caracas contra Maduro. Centenas de manifestantes foram às ruas, e houve relatos de repressão a opositores, como o caso da líder da oposição María Corina Machado, que foi detida brevemente.

A cerimônia de posse, organizada pela Assembleia Nacional controlada pelo governo, simboliza a continuidade do regime chavista, em meio a um cenário político conturbado e a uma população com opiniões divididas sobre a legitimidade do governo de Maduro. A situação continua a evoluir, com desdobramentos que podem impactar tanto a Venezuela quanto sua relação com o Brasil.

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