
Desculpas Surpreendentes: Mulher que Pichou Estátua do STF Se Redime em Carta a Moraes!
Um incidente no Supremo Tribunal Federal (STF) gerou grande repercussão. Débora Rodrigues dos Santos, ao se deparar com uma estátua do tribunal, decidiu pichar a frase “Perdeu, mané”, uma expressão famosa do ministro Luís Roberto Barroso, atual presidente do STF. A frase foi originalmente dirigida a um manifestante em Nova York em novembro de 2022 e, posteriormente, apareceu em várias partes do STF durante os eventos de 8 de janeiro.
Em uma carta endereçada ao ministro Alexandre de Moraes, Santos alegou que sua ida a Brasília se deu na expectativa de participar de uma manifestação pacífica e sem conflitos. No entanto, ela percebeu que o clima do movimento estava se tornando cada vez mais intenso.
Ela expressou em sua carta: “Repudio o vandalismo, contudo eu estava ali para ser ouvida, buscando esclarecimentos sobre as eleições de 2022, que foram bastante conturbadas. Em meio a essa tensão, acabei cometendo aquele ato, que hoje reconheço como desprezível.”
O STF iniciou o julgamento de Santos recentemente, e Moraes foi o relator do caso. Ele votou pela condenação, propondo uma pena de 14 anos de prisão. O ministro Flávio Dino acompanhou essa decisão, mas Luiz Fux decidiu solicitar uma pausa na análise do caso, o que interrompeu o julgamento. Durante uma sessão recente, Fux declarou que planeja sugerir uma pena menor do que a inicialmente proposta.
Na sua carta, Santos contou que um homem, que não conhecia, começou a escrever na estátua e pediu que ela ajudasse, alegando que sua letra era ilegível. Ela reconheceu que talvez lhe faltou prudência para recusar o pedido, mas enfatizou: “Lamento profundamente meu ato, que também causou um afastamento entre mim e minha família.”
Além disso, ela destacou que não tinha ciência da importância da estátua e do valor simbólico que ela representa, bem como do seu valor monetário, estimado em dois milhões de reais. “Se eu soubesse da relevância, jamais teria a audácia de encostar nela. Minha intenção nunca foi desrespeitar o Estado Democrático de Direito”, defendeu.
No seu depoimento, Santos reiterou que, ao participar do movimento em Brasília, não tinha ideia do significado da estátua. Ela explicou que ao chegar, já encontrou alguém pichando e acabou se envolvendo, respondendo ao pedido do homem de ajudar na escrita. “Ele disse que sua letra era muito feia e que eu poderia ajudá-lo. Talvez eu não tenha tido a malícia necessária para rejeitar essa proposta”, refletiu.
O caso levanta questões importantes sobre a liberdade de expressão e os limites do ativismo, gerando debates acalorados sobre o que pode ser considerado um protesto legítimo versus atos que são vistos como vandalismo. O desdobramento deste julgamento e as possíveis consequências ainda estão em andamento, atraindo a atenção de diversas esferas da sociedade.