Brasil busca reciprocidade de Trump para liberar o mercado de etanol!

O governo dos Estados Unidos, sob a liderança de Donald Trump, estabeleceu uma política de “reciprocidade” comercial com todos os países, propondo a implementação de tarifas contra nações que estejam tratando seus produtos de maneira “injusta”. Um dos assuntos que ganhou destaque nas discussões comerciais foi o etanol, especialmente devido a uma tarifa de 18% imposta pelo Brasil sobre as importações desse produto.

Nas conversas entre representantes dos dois países, os EUA solicitaram a abertura do mercado brasileiro para o etanol. O Brasil, por sua vez, deixou claro que qualquer negociação sobre a redução das tarifas sobre o etanol dependeria de um acordo que permitisse maior acesso ao mercado brasileiro para o açúcar proveniente dos EUA.

Recentemente, foi revelado que a questão do etanol se tornou um dos pontos principais nas discussões comerciais entre os dois países. O setor privado norte-americano expressou preocupações sobre a segunda elevação da tarifa sobre o etanol americano, que passou de 16% para 18% a partir de 2024, uma medida que foi reestabelecida pela Câmara de Comércio Exterior do Brasil.

Antes dessas tarifas, as importações de etanol dos EUA eram beneficiadas por uma isenção de tarifas de 0%, mediante um programa de cotas. Entretanto, os Estados Unidos também impõem uma tarifa de 2,5% sobre o etanol brasileiro, criando um desnível que tem se tornado uma fonte de tensão nas relações comerciais entre os dois países.

Outro ponto relevante é que, enquanto os produtores brasileiros têm acesso a programas favoráveis nos EUA, como o Renewable Fuels Standard e o Low Carbon Fuel Standard da Califórnia, o etanol americano não é capaz de usufruir do programa RenovaBio do Brasil. Essa assimetria tem gerado um debate sobre a necessidade de uma abordagem mais equilibrada nas negociações, visando beneficiar ambos os lados.

Em resumo, as discussões em torno do etanol revelam um cenário complexo nas relações comerciais entre Brasil e Estados Unidos. As tarifas aplicadas e as condições de acesso aos mercados são elementos cruciais que serão determinados por futuras negociações entre os dois países.

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