Gleisi Sorri com Vitória: O Apostador Motta e a Virada do Centrão!
A nova ministra das Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann, está sendo bem recebida por líderes do Centrão, que expressam confiança de que ela terá um desempenho superior ao de seu antecessor, Alexandre Padilha, que agora ocupa o Ministério da Saúde. O apoio do Partido dos Trabalhadores (PT) à candidatura de Hugo Motta à presidência da Câmara, em outubro de 2024, foi um momento crucial para que Gleisi começasse a construir sua credibilidade entre esses políticos.
Enquanto o clima de relacionamento com o ex-ministro era marcado por críticas, Gleisi parece ter conquistado a boa vontade dos parlamentares, especialmente entre os do Centrão. Sua imagem é de alguém que cumpre suas promessas, mesmo que não possa atender a todos os pedidos, algo que seus antecessores não conseguiram. Os líderes acreditam que ela, ao assumir o papel de ministra, se afastará de suas atividades na presidência do PT para atuar como uma articuladora política mais moderada.
Arthur Lira, ex-presidente da Câmara, já mostrava seu apoio a Hugo Motta para sucedê-lo em outubro de 2024. Naquele momento, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva ainda estava indeciso sobre quando deveria anunciar este apoio. Curiosamente, ministros da Casa Civil e da SRI eram contrários a uma declaração de apoio tão antecipada, mas o PT, liderado por Gleisi, anunciou rapidamente sua aliança com Motta após a candidatura ser divulgada.
Essa ação propiciou a Gleisi a confiança de figuras importantes, como Arthur Lira e Hugo Motta, assim como de seus aliados, que gerenciam as negociações na Câmara.
Desde que tomou posse, Gleisi já teve uma agenda intensa, reunindo-se com figuras-chave do Congresso, como Davi Alcolumbre, Hugo Motta e líderes dos seis maiores partidos que compõem a base governista: PT, MDB, PSD, PP, Republicanos e União Brasil. Também se encontrou com o presidente da Comissão Mista de Orçamento, Júlio Arcoverde, e o relator da Lei Orçamentária Anual de 2025, Angelo Coronel.
O líder do governo na Câmara, José Guimarães, destacou que Gleisi pretende valorizar os líderes do Congresso e não pretende fazer negociações individuais. Para ele, a abordagem dela será focada em fortalecer os laços com os líderes e o colégio de líderes, promovendo um ambiente colaborativo em vez de atender a interesses individuais.
No jantar realizado após a sua posse, Gleisi recebeu Hugo Motta e outros líderes partidários, estabelecendo um espaço para escutar as demandas e queixas dos congressistas. Motta mencionou que a reunião foi uma “pactuação na relação” com o Legislativo, ressaltando a importância de Gleisi em cultivar um relacionamento próximo com a Câmara.
Esses primeiros encontros não trataram de temas específicos, pois a ministra estava ainda em processo de montagem de sua equipe e adaptação ao novo cargo. Motta expressou otimismo em relação à nova ministra e enfatizou que, ao lado dos líderes partidários, pretende discutir as pautas que deverão ser trazidas ao plenário no futuro.
Com apenas três dias no cargo, Gleisi Hoffmann demonstra um compromisso claro em seu papel de articulação política, buscando criar um ambiente de diálogo e colaboração com o Congresso. Essa postura poderá jogar um papel determinante na condução das agendas legislativas do governo e no fortalecimento das relações entre diversos partidos.
