
Paraguai Retira Candidatura à OEA em Grande Reviravolta Após Vitória de Lula sobre Trump!
Uma importante reviravolta ocorreu na política internacional nesta quinta-feira, 6 de março, quando o Paraguai anunciou a retirada da candidatura de Rubén Ramírez Lezcano para a presidência da Organização dos Estados Americanos (OEA). Lezcano, que ocupa o cargo de ministro de Relações Exteriores do Paraguai, é visto como um representante de um governo de direita e conservador, conhecido por sua proximidade com a administração do ex-presidente dos Estados Unidos, Donald Trump.
A decisão do Paraguai foi oficializada pelo presidente Santiago Peña e surge em um contexto de alianças políticas em toda a América Latina. Recentemente, o Brasil estabeleceu uma coalizão com países como Bolívia, Chile, Colômbia e Uruguai para apoiar o diplomata de Suriname, Albert Ramdin, ao invés de Lezcano. Essa movimentação foi interpretada como uma forma de resistência à influência conservadora que a candidatura de Lezcano poderia representar.
Na declaração sobre a retirada da candidatura, o presidente Peña insinuou que a decisão de seus vizinhos foi influenciada por mudanças de compromisso em relação ao apoio ao Paraguai. Ele lamentou que países amigos da América decidiram não manter a proposta de sustentação ao seu governo, refletindo um cenário desafiador nas relações diplomáticas da região.
As eleições para a presidência da OEA estão programadas para 10 de março. Caso não surja um novo concorrente, Ramdin, o candidato apoiado pelo Brasil e seus aliados, será o próximo presidente da Organização. Essa vitória tem significados amplos, especialmente considerando o desejo do Brasil e de outros países da América Latina de fortalecer um candidato que possa resistir a pressões de um alinhamento mais conservador que, segundo alguns, poderia reduzir a independência das nações latino-americanas.
O ex-ministro Lezcano havia se encontrado com Trump em novembro do ano passado e, segundo a diplomacia paraguaia, os dois países discutiram formas de avançar nas relações e promover o desenvolvimento econômico. Apesar disso, o apoio de Trump não foi formalizado, revelando a complexidade das alianças na região.
A disputa pela presidência da OEA reflete um cenário mais amplo de polarização política na América Latina, onde figuras como o presidente Lula e o ex-presidente Jair Bolsonaro têm visões opostas. A OEA, que é composta por países signatários que devem seguir as determinações da Corte Interamericana de Direitos Humanos, frequentemente serve como um palco para a luta política interna entre diferentes lideranças. Recentemente, por exemplo, a visita do relator da Comissão Interamericana de Direitos Humanos gerou contestações, com bolsonaristas tentando incluir críticas ao governo atual em seu parecer.
Esse cenário mostra como as políticas externas e as alianças regionais podem impactar diretamente as dinâmicas políticas internas, gerando debates sobre direitos humanos, governança e soberania entre os países da América Latina.